Eu sei, eu sei... esse blog é de resenhas de cinema. Mas já
que é meu, por que não mudar? E minha pauta de hoje não deixa de ser relacionada
ao tema. Vamos lá! Eu acabei de ver um vídeo que me deixou muito inspirada. E preciso falar sobre isso, colocar pra fora. E,
para mim, nada melhor do que fazer isso escrevendo. O que me inspirou foi um
discurso da Tavi Gevinson no TED há 2 anos. Sim, estou atrasada. Mas nunca
é tarde para descobrir coisa boa, não é?
Afinal, quem é
Tavi Gevinson? Tavi é uma menina prodígio, daquelas "gênias" mesmo, com maturidade
e inteligência fora do normal. Ela ficou conhecida por ser uma das blogueiras de
moda mais jovens do mundo. Aos 11 anos, com o blog Style Rookie, ela ganhou o
mundo por causa do seu estilo com referências inteligentes e ideias
transgressoras. Aos 12, já assistia desfiles na
primeira fila das melhores semanas de moda . Atualmente, aos 18 anos, é editora da revista Rookie Magazine, criação
própria, uma extensão de seu blog. Sem contar que Tavi já se aventurou no
cinema, no ótimo “À Procura do amor”, que falei aqui. E este ano está estrelando uma peça na Broadway, This Is Our Youth!
Essa introdução
já diz muito, né? Eu lembro de, há alguns anos, ler sobre uma blogueira de moda
pré-adolescente e ficar chocada – negativamente – com isso. Puro preconceito
meu, admito. Pois ela é muito mais. Lendo sobre Tavi, descobri que ela
decidiu se distanciar do mundo da moda por ver que aquele universo de desfiles high
fashion, consumo desenfreado e corpos com padrões a seguir, mais aprisionava
que libertava, o que sempre acreditou ser o propósito da moda.
Sobre o vídeo,
Tavi fala de personagens femininas na cultura pop. Ela evidencia a falta de facetas delas, mas destaca as poucas e boas que existem no cinema e na TV. Tavi cita Tina Fey, com seu 30 Rock (sensacional), Kristen Wiig com Missão Madrinha de Casamento
(adoro!), Lena Dunham com Girls (excepcional), que já falei aqui e aqui, entre
outras.
O que eu quero
expressar aqui é a importância de meninas e mulheres como Tavi, Lena, Tina e
Kristen, de mostrarem na cultura que mulheres são muito mais que estereótipos. Mulheres são complexas como todo ser humano. Nossa cultura é recheada clichês e personagens, principalmente femininas, sem
múltiplas facetas. Acho que está aí a resposta da minha preferência por filmes
independentes. São nessas obras que costumam ser retratadas pessoas reais. Eu não
sou um estereótipo, um clichê. Sou multifacetada, complexa. E não conheço ninguém
unidimensional, mulher ou homem. Por isso, vou encerrar esse texto com uma
frase incrível de Tavi na palestra: “Mulheres são complicadas... não porque são
malucas, mas porque as pessoas são malucas, e mulheres são pessoas.” Sem mais.
Para ver o vídeo, clique aqui. Enjoy!
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